quinta-feira, 10 de março de 2011

Rozay é muito bom

Desde a primeira vez que eu escutei Port Of Miami, o álbum de Rick Ross de 2006, que eu tenho dito aos meus amigos e a todos que me dão ouvidos, "Ross é um bom rapper, um dos melhores na industria!"

Mas não é só pelo facto de Rick Ross nos presentear com versos sobre o seu passado como fora da lei, ou com versos sobre o seu presente de carros caros, jóias e mulheres bonitas. É também pela sua rara capacidade de escolher bons beats.

O processo de juntar um rapper a um beat é algo interessante. Na maior parte dos casos os produtores já fazem os o beats a pensar no rapper, como uma forma de inspiração.

Depois segue-se a fase de apresentar os beats que criaram. O rapper escolhe os que lhe interessam e fica com eles. O produtor por sua vez, leva os restantes beats para outro rapper.

Nos tempos em que um produtor era igual a uma label, e só fazia beats para os músicos da lable, este processo era mais fácil. A lable definia as suas prioridades e decidia quem ficava com os melhores beats e em que altura.

Hoje em dia, os produtores fazem beats para qualquer musico, desde que tenha o dinheiro para pagar pelo beat. Assim os rappers menos bem sucedidos têm a desvantagem de ficar com beats que já foram rejeitados pelos rappers mais bem sucedidos.

Rick Ross é agora um dos rappers que tem os beats em primeira mão. Mas acho que não é por isso que ele tem a fama de ter os melhores beats, ele nem sempre foi um dos bem sucedidos.

Se escutarmos bem Rise To Power que é um álbum de compilação, de musicas gravadas nos tempos da Suave House Records, vemos que os beats melódicos já lá estavam. E isto foi antes de Port Of Miami (o álbum que levou Ross a fama).

Ross tem bom ouvido para musica, Todos os rappers deviam ter um Rick Ross a trabalhar na escolha dos seus beats.

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