sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Que cena meu

Recentemente a Beyoncé apareceu na revista francesa L'Officiel Paris, num artigo em homenagem ao grande artista nigeriano Fela Kuti.

Fela que foi pioneiro no género do musica afrobeat e também um lutador pelos direitos humanos e contra a opressão política.

Neste artigo a Beyoncé aparece com a cara pintada de castanho e com um vestido desenhado pela mãe, que tem o padrão da pele de chita. Fela era negro africano e por vezes fazia pinturas na cara, mas nada deste género. Não vejo a relação entre esta produção e Fela Kuti.

É de muito mau gosto quando as pessoas fazem este tipo de coisas para representar um africano ou algo relacionado com África, reduzindo um vasto continente com várias e diferentes culturas a uma simples imagem étnica ou exótica.

E neste caso é pior porque esta mesma Beyoncé que aqui aparece pintada e vestida a "África", tem a mania de pintar a cara e de se produzir toda para parecer menos negra, um exemplo disto é a publicidade que fez para a L´Oreal em 2008.

Já ha algum tempo que eu venho notando esta tendência na industria da moda, clarear os negros o máximo possível sempre que aparecerem e quando for algo relacionado com a África escurecer-los como aqui se vê.

O que me chateia mais é a o facto de se tratar de uma estrela que pelo nível de sucesso já não esta tão dependente da industria. E podia servir de bom exemplo para as outras estrelas e pessoas no geral.

São todos Michael Jacksons da actualidade.

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